segunda-feira, 20 de junho de 2016

(1987) Cobra Verde



Alemanha (rodado no Brasil, em Gana e na Colômbia) | 110min | 35 mm |cor
Roteiro: Werner Herzog, a partir do romance O Vice-Rei De Ouidá, de Bruce Chatwin
Direção: Werner Herzog
Produção: Lucki Stipetić
Som: Haymo Henry Heyder
Montagem: Maximiliane Mainka
Fotografia: Victor Ruzicka
Música: Florian Fricke (Popol Vuh)
Elenco: Klaus Kinski (Francisco Manoel da Silva / Cobra Verde), King Ampaw (Taparica), José Lewgoy (Don Octavio Coutinho), Salvatore Basile (Capitão Fraternidade), Peter Berling (Bernabé), Guillermo Coronel (Euclides), Nana Agyefi Kwame II (Bossa Ahadee), Yolanda García (Dona Epiphania), Nana Fedu Abodo (Yovogan), Kofi Yerenkyi (Bakoko), Kwesi Fase (Kankpe), Benito Stefanelli (Capitão Pedro Vicente), Kofi Bryan (Mensageiro de Bossa Ahadee), Carlos Mayolo (Governador da Bahia)

Assistindo a Cobra Verde você sente às vezes que o Sr. Herzog, como um personagem de Joseph Conrad, está em risco de perder o seu caminho, ou até mesmo sua sanidade. Seu olhar, no entanto, nunca o abandona, e o terço final do filme contém sequências de sublimidade terrível e beleza etérea, momentos que têm uma clareza e um poder além do alcance da razão.” ¹

Eu já tinha assistido a Cobra Verde havia dez anos, e não havia curtido nem um pouco. Cheguei a citar, em outro capítulo desta #MaratonaHerzog, que era o pior filme do alemão que eu tinha visto. Porém, com a experiência de ver e estudar todos esses filmes, achei que minha opinião sobre tal obra poderia mudar, por que não?

Esta, que é a quinta e última colaboração entre Herzog e Klaus Kinski, é uma adaptação bem livre do romance histórico O Vice-Rei De Ouidá, do escritor inglês Bruce Chatwin (1949–1989), que, por sua vez, se inspirou vagamente na vida de um comerciante brasileiro de escravos, Francisco Felix de Souza, que se tornou poderoso em Ouidah, na Costa Oeste da África (onde hoje estão Benin, Togo e parte de Gana).

A história do filme, tal como em Fitzcarraldo, é bastante rocambolesca para os padrões herzogianos: Francisco Manoel da Silva é um camponês no sertão nordestino que mata o dono da mina onde trabalhava por falta de pagamento; torna-se o bandido Cobra Verde, espécie de cangaceiro solitário, e passa a aterrorizar os vilarejos da região, até que, ao impedir a fuga de um escravo do senhor de engenho Dom Octavio Coutinho, é contratado por este, para supervisionar sua plantação de cana; porém, acaba por engravidar as três filhas do patrão; como castigo, um destino (teoricamente) pior que a morte – buscar escravos africanos já na época da repressão britânica; lá, ele consegue os escravizados, mas acaba condenado à morte, para então ser libertado pelo irmão do rei, para ajudá-lo em uma insurreição, até que o novo soberano lhe envia um último carregamento de escravos aleijados, enquanto no Brasil finalmente se proíbe a escravatura.


Kinski, solitário e soturno

De outro diretor, se imaginaria que fosse um épico com mais de três horas, cheio de ação, drama violência, certo? Certo, mas, sendo um filme de Herzog, e, mais do que isso, sendo um filme oitentista dele, dá para saber o que temos aqui: uma história complexa, ainda que convencional, inspirada em agruras tribais, com resolução desinteressada, que passa de um acontecimento ao outro sem muita paciência ou vontade de continuar o que propôs. Isso torna o filme episódico, de modo ainda mais incômodo que em Wo Die Grünen Ameisen Träumen.

As cenas se sucedem sem nenhum encadeamento temporal visível. Dá para perceber que é linear, mas o quanto? Entre uma cena e outra podem passam dias, horas, semanas, meses? Não há como saber: em uma cena, Cobra Verde está coberto de sujeira; na seguinte, está tomando chá na varanda; em outra, está prestes a ser decapitado, para, duas cenas depois, já estar liderando um exército de amazonas.

Em um filme herzogiano clássico, setentista, talvez isso não incomodasse, mas com a trama apresentada, teoricamente com começo meio e fim, isso desanima um tanto, dá a impressão de que tanto faz o filme acabar naquele momento ou durar mais umas três horas, já que roteirista, diretor e montador, aparentemente, resolveram largar mão dos planos e simplesmente improvisar.

Justiça seja feita: as imagens são belíssimas – deve ser o visual mais estonteante desde Fata Morgana – e, obviamente, Herzog não está nem um pouco interessado em discutir a moralidade da escravatura, tanto quanto em problematizar demais aspectos narrativos da história; seu interesse está sempre em usar coisas, pessoas, paisagens e até a si mesmo, dependendo do filme, como palco para sua verdade extática.

E, de fato, há muitas cenas de tirar o fôlego em Cobra Verde, com as paisagens selvagens e exuberantes da África, todas elas emolduradas pela sempre excelente trilha do Popol Vuh velho de guerra.


Beleza ameaçadora

Klaus Kinski surge exausto como em Woyzeck, mas não pelo papel pedir isso, e sim por uma possível falta de inspiração ou de vontade mesmo. Aparentemente Herzog não conseguiu mais encontrar novos aspectos do ator que pudessem ser explorados para sua obra.

Herzog ressalta: “Quando Kinski chegou para a primeira parte do filme na Colômbia ele estava caindo aos pedaços. Juntá-lo e torná-lo produtivo, para aproveitar toda a sua loucura, sua raiva e sua intensidade demoníaca foi um problema real desde o primeiro dia. Kinski era como um cavalo de corrida híbrido correria mais de uma milha, para, depois da linha de chegada, entrar em colapso”. ²

Também contribuiu muito para isso o fato de Kinski estar obcecado em filmar seu roteiro de Paganini (lançado em 1989), tendo inclusive insistido, durante anos, para que Herzog o filmasse (segundo ele, o roteiro consistia em “meia página de sexo, então meia página de violino, e assim por seiscentas páginas”). ³

Segundo o estudioso inglês de cinema alemão Lance Duerfarhd, “Cobra Verde transfigura a natureza da luta entre Kinski e Herzog. (...) Em vez de uma luta sobre o modelo dentro do filme, Cobra Verde mostra a luta que tem seu lugar entre dois filmes, entre um sendo produzido e outro por vir. De alguma forma, citando sua própria presença em um filme que ainda estava por vir, Kinski desfaz Cobra Verde. O filme dá a Kinski a oportunidade de recusar sua recusa, e parece seguir em frente com seu projeto Paganini, com Herzog de diretor, justamente como ele pretendia". 4

O próprio Herzog concorda: “Há algo com sua presença no filme, e a presença de um filme que não havia sido rodado ainda, que era Paganini. Ele estava em um filme diferente, trouxe algum clima para meu filme que não pertencia a ele, e até hoje tenho algumas dificuldades com certas partes do filme". 5

A relação pessoal entre diretor e ator também havia chegado ao limite: “A produção foi, simplesmente, a pior na minha vida e jurei publicamente depois de filmar que eu jamais voltaria a trabalhar com Kinski. Na época, eu pensei comigo mesmo: 'Será que alguém por favor pode entrar e continuar o trabalho com este homem? Eu já tive o suficiente.' Havia algo sobre a presença de Kinski no filme que significava um mau cheiro estranho ao filme - seu mau cheiro – que permeou o trabalho que fizemos juntos lá, e Cobra Verde sofre um tanto por causa disso”. 6

A relação com a equipe também nunca fora tão ruim, mesmo para os padrões kinskianos: “A cada dia eu não sabia se o filme seria concluído porque Kinski aterrorizou todos no set. Ele iria parar de filmar, mesmo se um dos botões no seu traje estivesse muito solto. Na verdade, ele aterrorizou o diretor de fotografia Thomas Mauch [antigo colaborador de Herzog] e eu tive que substituí-lo na primeira semana. Esta foi uma das piores coisas que eu já fiz na minha vida. Thomas amou o filme, mas, infelizmente, sentiu o peso de Kinski no início da batalha. Eu escolhi o seu substituto, o tcheco Victor Ruzicka [1943-2014], porque eu tinha ouvido falar que ele era fisicamente forte, constituição de camponês, e muito paciente. Qualquer outra pessoa provavelmente teria saído dentro de duas horas”. 7

Somando tudo isso ao fato já mencionado de que Kinski não estava bem sequer consigo mesmo, só poderia desaguar em um filme fraco. Ainda mais que o resto do elenco não tem peso o bastante para levar a produção a cabo: exceto por José Lewgoy (1920-2003), que, mesmo aparecendo pouco, é sempre alentador, o resto do numeroso plantel vai e vem meio indistintamente, sem profundidade, sem gerar empatia ou interesse.


Kinski e seu semblante cansado

Cobra Verde também desagradou muita gente por não ser crítico à escravidão ou mesmo tentar contextualizá-lo de alguma forma, e sim apenas mostrá-la como parte (central, aliás) da história que pretendia contar (parece que Herzog nessa época desagradou quando foi panfletário e quando não foi, vide Wo Die Grünen Ameisen Träumen e Ballade Vom Kleinen Soldaten).

Isso pareceu irritá-lo, dadas algumas de suas declarações sobre a polêmica: “Herzog afirma que o filme foi deliberadamente feito para não ser uma declaração sobre a moralidade do tráfico de escravos: ‘O filme nunca denuncia a escravidão. Funciona dentro do clima e do pensamento daquele tempo... isso, claro, é até certo ponto politicamente incorreto. Mas e daí? Não tenho nenhum problema com isso’”. 8Não, o filme não é sobre a história do colonialismo, como o romance de Chatwin também não é. E eu não o considero um filme histórico, assim como eu nunca vi Aguirre... como sendo, de qualquer forma, histórico. (...) Cobra Verde é sobre grandes fantasias e loucuras do espírito humano, não sobre colonialismo”. 9O fato é que, em Gana, onde filmamos, a escravidão ainda é uma espécie de tabu, ao contrário do colonialismo. Nos Estados Unidos e no Caribe há muito debate sobre a escravidão, no Brasil também, mas em muitos lugares na África a ferida da escravidão é tão profunda e dolorosa que quase ninguém fala sobre isso em público. É um assunto quase intocado. Eu sempre suspeitei que uma das razões para isso é o fato bem estabelecido de que reinos africanos estavam envolvidos no tráfico de escravos, quase tanto quanto os comerciantes brancos. Houve também uma grande quantidade de comércio de escravos entre o mundo árabe e África negra, e mesmo dentro das próprias nações africanas". 10

Sobre a própria locação principal do filme, o diretor afirma: “A África sempre me atraiu, mas de forma diferente de Hemingway. Nunca me senti atraído pelo fascínio nostálgico do Kilimanjaro ou dos safáris, mas sim pelo fato de ser um continente cheio de mistérios. Claro que todas as vezes em que fui lá acabaram mal, com a possível exceção da filmagem de Cobra Verde. Normalmente o que acontecia era que eu adoecia, ou era preso, coisas assim”. 11

Escravidão

Aí vem a pergunta: mas o filme é tão ruim assim mesmo? Olha, embora tenha cenas belíssimas, e várias sequências de impacto – incluindo o amargo final – e seja perfeitamente inserido no cânone herzogiano (não há nenhuma grande ruptura, pelo contrário, é uma continuação normal do trabalho dele a época), Cobra Verde parece tão cansado, amargo e desconfortável quanto seu protagonista.

O protagonista é um óbvio anti-herói herzogiano, com uma amargura que se deixa entrever esperança e desengano na mesma medida, em meio à natureza igualmente bela e hostil, sendo um peão em lutas de poder muito maiores do que ele. A jornada de Cobra Verde é uma grande peregrinação a um lugar qualquer que lhe sirva.

Porém, no final, o que resta e lutar inutilmente contra a maré inexorável, empurrando o pesado barco que não cede. Não adianta fugir, tudo é em vão, somos prisioneiros em nossa existência na natureza hostil e indiferente. Tanto a ele quanto ao escravo com poliomielite que some, manquitolando, no horizonte.

Como diz a estudiosa italiana de cinema Grazia Paganelli: “É como se o olhar, sublinhando as preocupações claustrofóbicas do protagonista, tivesse decidido se encerrar no breve espaço entre o forte e o mar, com o olhar sempre voltado para um regresso impossível. Na cena final, Cobra Verde, perdido tudo e perdido o poder, não consegue sequer mover o barco, com o qual poderia lançar-se ao mar. A ele, que subverteu as regras de todos os lugares onde esteve, nem sequer lhe é concedido perder-se na paisagem imensa do oceano”. 12

De fato, a cena final impressiona, como fez ao próprio diretor, sinalizando que aquele também era o esforço artístico final de Klaus Kinski na filmografia que ambos construíram: “Houve momentos em Cobra Verde dos quais nunca vou esquecer. A cena final em que ele tenta empurrar o barco para o oceano está cheio de tanto desespero, e Kinski é magnífico enquanto cai na água. Mas eu sabia era o momento em que poderíamos ir mais longe no filme, e eu disse isso a ele. Não havia nada que eu gostaria de ter descoberto com ele além do que eu já tinha descoberto nesses cinco filmes. Ele tinha certas qualidades que senti e que nós exploramos juntos, mas qualquer coisa além de Cobra Verde teria sido repetição”. (...) “A cena final de Cobra Verde foi o último dia de filmagem que nós fizemos juntos na vida. Ele tinha posto tanta intensidade nessa cena final que ele simplesmente se desfez depois. Mesmo no momento ambos percebemos isso, e ele mesmo me disse: 'Não podemos ir mais longe. Eu não sou mais". 13



Klaus Kinski e seu inútil esforço final


Mas, mesmo com essa contextualização, o ‘todo’ não funciona, fazendo deste um dos piores herzogs que vi, junto com Herz Aus Glas, Huie’s Sermon e How Much Wood Would A Woodchuck Chuck. A década de 1980 segue não muito auspiciosa para o diretor alemão. Porém, a #MaratonaHerzog segue.


Curiosidades:

– o papel do Rei Bossa Ahadee de Dahomey é interpretado por um ‘rei’ de verdade o omanhene (espécie de governante tribal) de Nsein, um vilarejo ganês, e sua corte, de aproximadamente 300 pessoas, foi usada como arte da figuração do filme, improvisadamente;

– outra figuração utilizada de improviso foi a dos guerreiros da tribo Bolgatanga, que aparecem na praia quando da chegada de Cobra Verde;

– para a reconstrução da residência real, especialmente as caveiras cenográficas, a produção contrabandeou gesso da Costa do Marfim, onde estava sendo erigida uma grande catedral;

–  Herzog conta uma das curiosidades/dificuldades com as mulheres do exército de amazonas: “Outra vez tivemos que alinhá-las no pátio interior da fortaleza dos escravos para pagá-las. Nós abrimos apenas uma pequena passagem através da porta principal, o que significava que elas saíram uma após a outra, caso contrário, teriam caído sobre o dinheiro. O que aconteceu foi que 800 delas forçaram a porta ao mesmo tempo e foram esmagando as que estavam na frente, quase até a morte. Algumas desmaiaram, e eu só dissipei a situação puxando um policial próximo e fazendo com que ele disparasse três tiros para o ar, fazendo-as recuar”; 14

– originalmente, o filme seria lançado nos EUA pela De Laurentiis Entertainment Group, o que certamente garantiria ampla distribuição, mas, com a falência da empresa, o filme nem passou nos cinemas de lá, e só foi distribuído direto em vídeo, em 2000, pela Anchor Bay;

– Sobre a frase final do filme (“Os escravos venderão os seus senhores e lhes crescerão asas”), Herzog diz: “Não sei se encontrei essa citação no livro de Chatwin ou se foi produto da minha imaginação. Provavelmente não está no livro”. 15

– Herzog e Chatwin se admiravam mutuamente e foram amigos desde que se conheceram, em 1984, até a morte deste, em 1989. Chatwin dizia sempre levar consigo uma cópia de Caminhando No Gelo, livro do alemão [mais sobre ele aqui];

– Segundo Chatwin, na mesma época em que Herzog decidiu filmar O Vice-Rei De Ouidá, David Bowie manifestou também manifestou interesse nos direitos do livro;

– no livro, Cobra Verde e Francisco Manoel da Silva são pessoas diferentes, e o primeiro aparece pouco na narrativa – Herzog optou por torná-los uma pessoa só no filme;

– sobre essa que foi a quinta e última parceria com Kinski, Herzog complementa: “Ele morreu em 1991 em sua casa ao norte de San Francisco. Ele tinha acabado queimar a si mesmo como um cometa. Como eu, Kinski era uma pessoa muito física, mas de uma maneira diferente. Nós complementamos bem um aos outro, porque ele fizemos tudo juntos. Ele atraiu o rebanho magneticamente e eu segurei-o junto. Kinski foi feito para mim, para o meu cinema. Às vezes eu quero colocar meu braço em torno dele novamente, mas eu acho que eu só sonho com isso porque eu já vi isso em imagens antigas dos dois de nós. Não me arrependo de nenhum momento, nenhum. Talvez sinta falta dele. Sim, agora e depois eu sentirei falta dele”; 16

– a relação com Kinski futuramente retornará a esta #MaratonaHerzog com o documentário
Mein Liebster Fiend (1999), especificamente sobre isso;

– quanto ao Paganini de Klaus Kinski, que é mesmo tão ruim quando parece, tem uma crítica bem legal aqui;

– o cineasta suiço Steff Gruber (1953–) acompanhou as filmagens de Cobra Verde e fez um documentário, Location Africa (1987), sobre isso. Herzog, aparentemente, não curtiu muito: “Não gosto nada dele porque o cineasta se afastou de sua ideia original de forma a se concentrar na sua experiência pessoal, em como se apaixonou por uma moça africana, uma das figurantes, e não gosto do tom do filme, da sua atmosfera, ou da forma como me acusa de nada saber acerca das mulheres africanas escolhidas para desempenhar o papel do exército de amazonas. Claro que se precisamos dirigir 800 figurantes e obter um resultado, se temos que treiná-los num campo de futebol, com um coordenador de figurantes italiano, sob pressão porque o tempo é escasso, é claro que não teremos tempo de estudar profundamente suas origens sociais. Claro que não percebi a totalidade de suas situações! Gostei delas e se deram bem comigo. (...) Não gosto do tom de queixinhas desse filme. Não interessa se alguém me descreve de modo negativo, façam-no à vontade, isso não me incomoda, mas não gosto é da atmosfera de queixume constante que inunda o filme”. 17

– A banda de death metal norueguesa radicada na Itália Hideous Divinity lançou em 2014 um álbum conceitual sobre Cobra Verde.


¹ http://www.nytimes.com/2007/03/23/movies/23cobr.html?_r=0
2 3 5 6 7 9 10 13 14 16 HERZOG, Werner. In: Herzog On Herzog, de Paul Cronin. Faber & Faber, 2001.
4 DUERFAHRD, Lance. The Friendship Of Klaus Kinski And Werner Herzog. In: A Companion To Werner Herzog, de Brad Prager. Wiley-Blackwell, 2012.
8 Herzog, Werner. Comentário do diretor no DVD de Cobra Verde. In: The Cinema Of Werner Herzog: Aesthetic Ecstasy And Truth. Wallflower Press, 2007.
11 12 15 17 PAGANELLI, Grazia. Sinais De Vida: Werner Herzog E O Cinema (Segni Di Vita: Werner Herzog E Il Cinema, 2008). Editora Indie Lisboa, 2009.